segunda-feira, 25 de abril de 2011

Onde os “fracos” não têm vez.


A vitória do Vasco sobre o Olaria no ultimo sábado por 1 a 0 além de classificar o time cruzmaltino para a final da Taça Rio ( 2° turno do Campeonato Carioca) fez com que uma escrita se mantenha por pelo menos mais um ano, há 45 anos nenhum time dos tidos como pequenos do Estado do Rio de Janeiro vence o Campeonato Carioca.
  Em 1966 o Bangu sagrou-se campeão carioca e essa foi a ultima vez que o titulo não seria ganho por um dos “quatro grandes”. Em 1985 (ano em que foi vice-campeão brasileiro) o “alvi-rubro” teve novamente a chance de vencer o estadual, mas foi superado no triangular final pelo Fluminense.
O campeonato carioca é sempre muito criticado por ser um campeonato de quatro times (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco), mas, alguns fatores são determinantes para que os times menor expressão tenham menos chances de vencer o estadual, como regulamento e arbitragem sempre muito tendenciosos para os “quatro grandes”, enorme diferença financeira entre grandes e pequenos e o fator que mais pesa: a maioria dos times pequenos do Rio de Janeiro praticamente não funcionam durante oito ou nove meses do ano. Em 2011, por exemplo, dos 14 pequenos do Rio que participaram do Estadual somente 4 participarão das séries “B”, “C” e “D” do Brasileirão.
 Após o Bangu em 1985 somente o Americano em 2002, Volta Redonda em 2005 e o Madureira em 2006 conseguiram chegar a uma final de carioca. Todos foram derrotados.

Essa realidade não exclusividade do Campeonato Carioca em São Paulo, por exemplo, a ultima vez que um time de menor representatividade foi campeão foi em 2004 com o São Caetano (que na época ainda disputava a série “A” do brasileirão). Em 2011 nenhum dos times pequenos conseguiu avançar às semifinais do Paulistão e conseqüentemente o troféu ficará mais uma vez com um dos grandes do estado. 
É muito triste ver times que já foram gigantes do nosso futebol como o América-RJ e o Guarani-SP lutarem ano após ano para se manterem na 1° divisão dos seus respectivos campeonatos estaduais, mas, uma mudança nesse cenário não pode ser vislumbrada enquanto o calendário do futebol brasileiro privilegiar somente uma pequena parcela dos times. 





Por Luiz Carlos Jr.

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