sexta-feira, 15 de abril de 2011

Não foi uma derrota

                  O Volêi Futuro acaba de perder para o Cruzeiro que está na final da Super Liga Masculina. Uma derrota por 3 sets a 0, incontestável. Errou muitos saques, era um time nervoso que poderia ter ido muito melhor e ter dado muito mais trabalho ao Cruzeiro. 
                 Passada a análise "tática", vamos à outra. O Vôlei Futuro é um time que me surpreendeu muito não só pela qualidade dos jogadores (tendo nomes como Ricardinho não deveria  ser surpresa), mas pela consciência de sua torcida, jogadores e diretoria. Você pode até se perguntar se fosse um jogador do           Cruzeiro a ter a atitude (corajosa) de Michael a torcida do Vôlei Futuro teria agido diferente? Mas, não saberemos (não agora).
                    Mas, sabemos (e particularmente admiro) a atitude de uma diretoria que (no 2º jogo da série da semi-final) se mobiliza em defesa de seu jogador. Não foi somente uma nota de repudio a uma atitude homofóbica da torcida do Cruzeiro, não foi somente um processo no STJD que resultou numa multa, mas foi uma atitude de conscientização social e de mobilização que eu, particularmente, vi poucas vezes na vida.
             É bonito pensar que em uma sociedade preconceituosa como a nossa (e não só contra homossexuais, mas com nordestinos, negros e outras minorias) ainda existam atitudes que exaltem o respeito ao próximo.
                     Hoje, o time do Volêi Futuro perdeu. Mas podem ter certeza que essa série de três jogos das semi-finais da SuperLiga de Vôlei entre Cruzeiro x Vôlei Futuro entraram para a história.
                     Agora é uma bela história...


Por Pryscila Silva

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