segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ééééé Pênalti!!!!

            A penalidade máxima é muito mais que a punição a uma defesa que comete uma infração dentro da grande área, é o momento do futebol capaz de consagrar goleiros e, principalmente, marcar negativamente a carreira do batedor que não o converte.
            Os 11 metros que separam a marca do pênalti do gol são os mesmos que podem dar aos protagonistas do lance um momento de exaltação ou uma vida de cobranças. Dificilmente alguém lembre que Roberto Baggio foi o melhor jogador do Mundo em 1993, mas, todos (inclusive os que ainda não tinham nascido na época) lembram do pênalti que ele perdeu na Final da Copa do Mundo de 1994.
            Baggio talvez seja a maior “vitima” de um pênalti perdido da história do futebol mundial, afinal de contas na mesma disputa por pênaltis em que ele foi decisivo para a conquista do tetra-campeonato mundial do Brasil dois de seus companheiros (Baresi e Massaro) já haviam desperdiçado suas cobranças, no entanto a derrota da “Azzurra” naquela Copa sempre é atribuída ao erro do ex-atacante da Juventus. Além de Baggio outro que teve sua carreira maculada na “marca da cal” foi o atacante argentino Martin Palermo que na Copa América de 1999 perdeu três pênaltis em um mesmo jogo.
            Dizer “que pênalti bem batido é o que entra” é desmerecer grandes goleiros como Dida, Oscar Córdoba e o inesquecível Taffarel que faziam qualquer batedor “tremer na base” antes cobrar uma penalidade. Costuma-se dizer também que “pênalti é loteria”, outro equivoco, pênalti é técnica, é competência, claro que um pouco de sorte também e, sobretudo emoção. É impossível ficar indiferente quando o narrador solta aquele grito de “Éééé Pênalti!!” ou não ficar nervoso ao assistir uma disputa de pênaltis (mesmo que seu time não esteja envolvido).
            Uma cobrança de penalidade máxima é sem dúvida um dos momentos mais sublimes de uma partida de futebol, onde por alguns instantes um esporte essencialmente coletivo transforma-se em um duelo e é na “marca da cal” que campeonatos são decididos, ídolos são criados e destruídos. Sendo assim não é uma tarefa nada fácil para o batedor, mas, uma coisa é certa só erra quem bate.

Por Luiz Carlos Júnior.

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