A quantidade de pessoas que dedicam-se somente a estudar para concursos públicos no Brasil é incalculável, são os chamados “concurseiros” tudo porque a nossa Constitiução Federal reza que “a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos(...)”. Neste momento você deve estar se perguntando o que isso tem a ver com esporte. Pois saiba que há uma injusta relação entre esporte e concurso público no Brasil.
A cidade do Rio de Janeiro sediará de 16 a 24 de julho deste ano a 5° edição do Jogos Mundiais Militares, que é uma espécie de Olimpiada para as Forças Armadas do mundo inteiro, a previsão inicial dos gastos do governo brasileiro com este evento está em torno de R$ 1,7 Bilhão nesta que será a primeira vez que um país das Américas sediará os Jogos.
Até aí tudo bem...
Desde de 2007 quando soube que seria a sede dos jogos o Brasil tem se empenhado para fazer bonito no evento e conquistar muitas medalhas. E esse empenho ultrapassa os principios de igualdade de oportunidades, ou seja, as Forças Armadas do Brasil têm convocado atletas de alto rendimento para seus quadros e sem concurso público. Atletas como a lutadora de Taekwondo Natália Falavigna, o velocista Vicente Lenilson e o judoca Tiago Camilo entram para as Forças Armadas como “Sargentos Temporários” recebem toda estrutura para treinar além de um salário de R$2.500,00 mensais.
Grandes nomes do esporte brasileiro foram das “Armas” nomes como João do Pulo e Pelé que foi campeão sulamericano de futebol atuando pela Seleção das Forças Armadas. Todos esses atletas foram, são e serão importantes para o Brasil, mas, neste momento eu “tiro meu chapéu” para os verdadeiros atletas (injustiçados com atitudes como essa do governo brasileiro) que abdicam dos prazeres da vida e dedicam-se quase que exclusivamente em estudar para concursos.
A gente sempre ouve que a única forma de um cidadão brasileiro, seja ele atleta ou não, ingressar no serviço público deve ser através de Concurso Público. Mas, no Brasil isso está longe de acontecer. Ainda mais agora que os concursos estão suspensos.
Logo, só nos resta torcer para que os nobres “sargentos” se saiam bem nos Jogos Militares e façam com que toda essa injustiça valha a pena.
Por: Luiz Júnior.
Por: Luiz Júnior.
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