No último final de semana, fui ao estádio Lindolfo Monteiro assistir o maior clássico do futebol piauiense, o Rivengo. A convite da Federação de Futebol do Piauí, eu, Luiz Carlos e Wesley, da equipe do Morte Súbita, Pablo, Ramiro, do “River40graus” e Isabela ajudamos o clássico a ficar em destaque no twitter. Durante o jogo, houve sorteio de brindes o que contribuiu para uma melhora do público em relação aos demais jogos do Campeonato Piauiense. E é sobre essas atividades além futebol que gostaria de escrever neste texto.
Claro que o produto principal de uma partida de futebol são os jogadores. Eles são os artistas que recebem para apresentar um espetáculo para aqueles que compraram ingressos. Não pelo fato de eu ser riverino, mas a última equipe que atraiu bom público para o estádio foi o River de 2007. Apesar de o Comercial de 2010 ter sido um bom time, a torcida se envolveu não tanto pelos jogadores mas muito mais pela relação com a cidade de Campo Maior. Mas aquele River atraia torcedores para assistir Osvaldo, que hoje joga no Ceará, Lira, Maurício e Wanderson. Não seria desaforo de minha parte escrever que há pelo menos uma década um clube piauiense não reúne jogadores capazes de chamar um bom público.
Por isso, acho que outras alternativas de chamar público para os estádios são necessárias. Medidas simples deveriam ser tomadas. Um meio fácil seria a alimentação ser melhor e principalmente mais salobra. Porque o torcedor não pode ir ao Albertão para comer o melhor pastel da cidade? Porque não pode assistir à partida bebendo o melhor chop de Teresina? Ou mesmo, porque não é incentivada a criação de bares nos arredores dos recintos futebolísticos? São medidas que tornariam a ida aos jogos estaduais um programa para amigos, para namorados e para famílias. Um bom sistema de som já tornaria possível, por exemplo, shows musicais ou humorísticos no intervalo das partidas ou antes.
Esse é um conceito que há muito tempo já é utilizado na Europa. São as já conhecidas arenas multiuso. O torcedor não tem a opção apenas de assistir a partida de futebol, porque ele também tem acesso a lojas, bares e vários outros tipos de serviço. O maior exemplo que posso dar é o de Colônia na Alemanha, onde há um playground dentro do estádio para enquanto os pais da criança assistem o jogo ela se divirta. Nos Estados Unidos, e algo já copiado pelos mexicanos, as partidas são verdadeiros shows e existem pessoas unicamente para animar a torcida, caso das cheerleaders e dos animadores que ficam falando pelo sistema de som.
Estas são algumas poucas citações que faço e que acho que algumas são até muito grandes. Mas medidas pequenas, como a que aconteceu no Rivengo, poderiam ser tomadas não por nossa Federação, mas por nosso empresariado, pois como já ouvi certa vez: “O esporte é lucrativo em todo lugar do mundo, porque não pode ser no Piauí”.
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