No último fim de semana, fui ao Albertão assistir ao clássico Rivengo. Apesar de a partida valer unicamente pela história das camisas, pois era apenas a estréia em uma competição que até o momento está recheada de juvenis, o público foi representativo comparando-se com a primeira década do século XXI. Ou seja, infelizmente, convivemos com uma realidade na qual receber cerca de mil pagantes no nosso maior clássico é representativo.
O que se percebe durante as partidas disputadas por torneios estaduais, é que o silêncio incômodo que ressoa durante a falta de jogos, que às vezes perduram cinco meses, também polui a audição dos torcedores nos dias de jogos. Nem o grito de 90 minutos da Esporão do Galo, única torcida digna de nota do estado, faz com que a calmaria passe despercebida.
É por essa, que,humildemente, me junto ao grupo dos grandes comentaristas e, principalmente, dos grandes torcedores, aqueles que acompanham os times locais mesmo na longa seca, e choro a ausência do Estádio Municipal Lindolfo Monteiro. Apesar de ser um recinto acanhado para grandes jogos nacionais, o Lindolfinho é o local ideal para reconstruirmos os times teresinenses. Confesso com uma lágrima percorrendo o rosto, que não mais esperamos um público de mais de 40 mil como já houve nos anos 1970 e também não estou esperançoso de ver um Rivengo com mais de 20 mil pessoas como foi assistido no início da década passada.
Assim, o nosso Lindolfinho, com sua grade atrapalhando a imprensa, com os torcedores ficando praticamente junto aos jornalistas no setor das cadeiras, com a fácil invasão do gramado e com seus vestiários “saunáticos”, ainda se mostra um importante cenário onde o futebol piauiense deve brilhar.
Por Nícolas Barbosa
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