Assisti ontem no Estádio Albertão a River x Piauí e percebi que a linha que separa o amadorismo do profissionalismo no nosso futebol é bem mais tênue do que se imagina. Contarei um pouco desta experiência neste blog a partir de agora.
Começarei pelo Albertão que é a maior praça de esportes do Piauí e pode ser considerado a maior indicio do “zelo” que é dedicado ao esporte neste Estado. Acompanho futebol já há algum tempo e nunca vi um estádio cercado, será que sou só eu que acha aquele “muro” que rodeia o Estádio horrível? E o pior, imagine um jogo da Copa do Brasil com o estádio lotado (já que somente os jogos da Copa do Brasil têm levado bons públicos ao Albertão) e de repente acontece alguma emergência em que todo o público precise ser evacuado rapidamente, Deus ajude que algo tão sinistro nunca aconteça, mas, se vier a acontecer que Ele também ajude e aquele “muro” não esteja mais lá para atrapalhar a saída do público.
Dentro do estádio os acentos seguem o padrão da maioria dos estádios o que diferencia é a falta de manutenção, a sujeira é grande e em alguns pontos é difícil até se manter de pé face ao lodo que se espalha pelo chão.
Mas, deixemos os problemas do estádio de lado, por enquanto, e falemos um pouco da partida que para mim pareceu mais uma “pelada bem organizada”. O time do River venceu a partida por 4 a 0 o que não serve de teste para o time já que o adversário não era digno nem destes campeonatos que são realizados na periferia de Teresina, o que é lamentável já que o “Enxuga Rato” é um dos times mais queridos de nossa cidade e carrega no seu escudo o nome do nosso querido Estado. Com pouco mais de 20 minutos do primeiro tempo o River já vencia por 2 x 0 e o Piauí não dava o menor sinal de reação. O time do River demonstrava organização dentro de campo e passeava no gramado, mas, tem grande necessidade de um jogador que faça gols.
Com apito do juiz finalizando o primeiro tempo do jogo é chegada a hora de dar uma passada na “Praça de Alimentação do Estádio” que se resume a uma meia dúzia de “higiênicos” ambulantes que vendem de crepes a espetinhos de carne de procedência duvidosa, tudo sendo comercializado embaixo das arquibancadas. Nem é preciso falar dos preços inflacionados praticados pelos citados ambulantes.
O segundo tempo é reiniciado e sua tranqüilidade só é quebrada por um gol do River, uma expulsão para cada lado e pelo barulho que a torcida “Esporão do Galo” fazia. No mais o River tocou a bola (administrando a partida) e o Piauí correu atrás.
Final de jogo e é hora de todo mundo ir para casa tranqüilo após uma divertida partida de futebol, exceto por um torcedor que teve seu boné roubado por um membro da torcida (des)organizada do River na saída do estádio e na frente de uma patrulha da austera Policia Militar do Estado do Piauí.
No mais foi tudo Lindo.
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