O torcedor piauiense estava mais motivado para a partida deste ano do que do anterior, quando o rival de um representante local também foi o Palmeiras. A esperança de novos tempos para o futebol piauiense era grande, afinal, depois de quase (ou mais) de vinte anos de Lula Ferreira no controle da Federação de Futebol do Piauí, finalmente o principal responsável pela perda de representatividade do futebol local nas últimas duas décadas havia saído.
A nova direção da Fundação de Desportos do Piauí também carregava a esperança do povo piauiense na volta de seu futebol glorioso. Um dos mais admiráveis críticos da gestão do esporte piauiense, José Gomes, assumiu a presidência da instituição máxima do esporte no estado.
Entretanto, não se pode dizer que o torcedor tenha notado melhoras no seu tratamento durante a grande partida entre Comercial e Palmeiras. A velha dificuldade com a venda de ingressos para estudantes continuou. Apesar da boa distribuição de postos de venda, os cambistas continuaram comprando muitos ingressos. Dois dias antes da partida, já se encontrava ingressos de estudante com o preço acima do que deveria ser praticado. Valor que era praticado porque os criminosos cambistas conseguiram comprar vários ingressos que seriam destinados aos educandos.
Outro problema que não foi resolvido foi o da contagem do público que foi ao estádio Albertão. No caminho que me levava até o carro, me sobressaltei ao ouvir a informação que Dídimo de Castro forneceu através das ondas da Rádio Pioneira: 13.000 pessoas haviam assistido a partida. Como cara pálida? Alguns podem pensar: Pois então entrou muita gente de graça. No way. O mesmo Dídimo afirmou que o público que entrou sem pagar foi de pouco mais de mil pessoas (o que também é um absurdo).
A acrescentar a tais agravantes, a fila para acessar as Arquibancadas do Albertão. A eterna desorganização da fila se agravou. A esperança de que existia alguma organização se esvaiu no momento em que cheguei próximo à entrada. Confesso que morri de medo de machucar um garotinho que estava a minha frente com o seu pai. A pressão que as pessoas faziam nas minhas costas era tão grande que fui obrigado, por inércia, a apertar a criança. Fosse a primeira vez que o menino fosse ao Albertão, acho que o susto foi grande.
Por Nícolas Barbosa
Por Nícolas Barbosa
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